quarta-feira, 1 de abril de 2009

LIESEL MEMINGER - PARTE 01

Concluí minha viagem ao mundo d'A Menina que Roubava Livros, segundo livro que ficará na minha estante e será herança de sei lá quem. Nessa caminhada tive a agradável companhia da própria, a Liesel. Foi bom ser seu cúmplice em seus roubos, mas claro, nem tudo foi perfeito. Eu estava em uma Alemanha nazista, e detalhe: a Morte era quem me abria os caminhos. Tive que me desvenciliar de escombros e infelizmente às vezes fingir não ouvir gritos de súplica.

Mas sabe de uma coisa? Quero voltar mais uma vez pra esse mundo. Quero não, eu voltarei! Voltarei pra ouvir o som do acordeon do Sr. Hubermam, o pai de Liesel. Sentir o cheiro da sopa de ervilha é o que eu mais quero, aquela poção quase mágica nos acalenta daquela atmosfera gélida. Eu não poderia também deixar de esbarrar na Sr. Rosa Hubermam, a mãe da roubadora, e receber seus esporros- não sabia? É assim que ela demonstra [sem trocadilhos por favor] seu carinho.

Não ocultarei informação, mas todos já partiram dessa pra melhor... É, isso mesmo, vestiram o paletó de madeira, mas posso revisitá-los a hora que eu quiser, isso é o mais fantástico. Num simples folhear de livro próximo a minha face já começo a sentir o ventinho e toda aquela atmosfera que ao mesmo tempo encantadora, é aterrorizante e opressora.

Eles estão, vamos dizer assim, adormecidos. É bom tê-los em mãos... Os amigos caricatos de Liesel, sua estranha e singela relação com um judeu no porão de sua casa. Tem também esse seu jeito moleque de ser, basta eu fechar os olhos agora que já começo a imaginar massacrando um menino idiota ou fazendo gol no futebolzinho de rua. Eu sei da magia que a biblioteca da mulher do prefeito exercia sobre ela. O melhor é que li e posso ler dois seus preferidos livros - apesar do dia, isso não é mentira.


Liesel Meminger: assim é que a vejo e sinto.

4 comentários:

Natália Coelho disse...

Não li o post todo, porque fiquei com medo de você contar detalhes do livro, o qual eu quero muito ler!

E pra não perder a graça, prefiri não terminar a leitura.
Caso, você não revele a história, me avise, que eu voltarei pra ler!
hehe

bjO

Paloma disse...

Sentir o cheiro da sopa de ervilha é o que eu mais quero, aquela poção quase mágica nos acalenta daquela atmosfera gélida.

Hmmm... Tocaste no ponto fraco! Aromas agradáveis mexem com meus sentidos.
No mais, me parece ser um bom livro, e a parte do porão pareceu-me O Diário de Anne Frank, que se passa no porão da casa da garota, durante o Nazismo.

Adorei! :)

Paloma disse...

Só para avisar que o texto passou por uma leve edição depois que você comentou!

Gecildo Queiroz disse...

Marcos,
É notável sua relação de leveza com a menina roubadora. Gostei da maneira como se refere ao livro, como se narrasse uma relação de intimidade com os personagens. Talvez uma das coisas que mais me encante na Literatura é essa identificação com o que para todos é um mundo imaginário, mas que para nós, amantes da leitura, é um outro mundo com várias portas que nos ajudam sair da chatice do que chamamos de real.