25/05/09
Nem sei o que tô pensando agora.
26/05/09
Nunca mais assisti um filme.
27/05/09
Passei o dia ontem interamente esperando por hoje.
28/05/09
Enfim internet em my sweet home.
29/05/09
Chegou a época em que me torno dependente do anticaspa.
30/05/05
Vou almoçar, tomar banho e assistir jornal hoje. Volto já!
.:.
O Sopão de hoje conta com a irreverente presença do colega Frango. Vamos ver se ele vai usar caldo de galinha ou não. Suponho que seja difícil, só se for daquela galinha gorda e cheia de celulite que ele tanto odeia! Deguste e chupe o dedos no final:
Eu tinha o grande sonho de ser escritor. Desde pequeno me disseram para começar a exercitar, escrever diários, relatos de viagens... essas coisas bobinhas. Foi o que fiz. E comecei a tomar gosto pela coisa. Tomei um gosto ainda maior pelas narrativas. Ah, o fantástico mundo das histórias, repletas de personagens como só elas sabem construir, com uma trama envolvente e um final geralmente surpreendente.
Era o que eu mais gostava de escrever. E, na minha época, não houve ninguém melhor que eu. Escrevi best-sellers renomados no mundo inteiro. Fui o autor que permaneceu mais tempo no topo da lista dos mais vendidos. Quatro dos meus livros foram transformados em filmes que chegaram a concorrer ao Oscar de melhor longa e de melhor roteiro.
Vivia uma vida bem tranqüila. Escrevia por amor, pela simples paixão por aquelas palavras que surgiam suavemente, mesmo sem serem chamadas. Eu tinha quase um ano para produzir um novo material. E me divertia com isso durante os 365 dias.
Foi no meio de um trabalho que uma coisa me chegou de repente. Ela veio, tímida, como quem não quer nada. Veio entrando na minha vida aos pouquinhos e eu fui gostando. Sentia prazer toda vez que ela vinha,
devagarzinho, e começava a deslizar suavemente pelos meus dedos.
Meus momentos com ela eram curtos, mas altamente reconfortantes. Não havia a necessidade de firmar um compromisso como com as longas narrativas. Ela me permitia falar de tudo, das coisas que estavam acontecendo no mundo, das banalidades. Deixava-me exibir meu humor ácido, meu sarcasmo sempre que possível. Ela vinha, deixava sua dádiva e ia embora. Simples assim. Fui, cada vez mais, me apaixonando por ela.
Nem sei o que tô pensando agora. Trai. Mas gostei muito. Foi duro quando tive que contar para a minha amada narrativa que queria dar um tempo. Ela não reagiu muito bem, tínhamos uma história ainda inacabada (que hoje reside nas pastas mais escondidas do meu notebook).
Agora só escrevo crônicas. E, cá entre nós, estou me divertindo muito mais...
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28/05/09
Enfim internet em my sweet home.
29/05/09
Chegou a época em que me torno dependente do anticaspa.
30/05/05
Vou almoçar, tomar banho e assistir jornal hoje. Volto já!
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O Sopão de hoje conta com a irreverente presença do colega Frango. Vamos ver se ele vai usar caldo de galinha ou não. Suponho que seja difícil, só se for daquela galinha gorda e cheia de celulite que ele tanto odeia! Deguste e chupe o dedos no final:
Uma Paixão Narrativa
Eu tinha o grande sonho de ser escritor. Desde pequeno me disseram para começar a exercitar, escrever diários, relatos de viagens... essas coisas bobinhas. Foi o que fiz. E comecei a tomar gosto pela coisa. Tomei um gosto ainda maior pelas narrativas. Ah, o fantástico mundo das histórias, repletas de personagens como só elas sabem construir, com uma trama envolvente e um final geralmente surpreendente.
Era o que eu mais gostava de escrever. E, na minha época, não houve ninguém melhor que eu. Escrevi best-sellers renomados no mundo inteiro. Fui o autor que permaneceu mais tempo no topo da lista dos mais vendidos. Quatro dos meus livros foram transformados em filmes que chegaram a concorrer ao Oscar de melhor longa e de melhor roteiro.
Vivia uma vida bem tranqüila. Escrevia por amor, pela simples paixão por aquelas palavras que surgiam suavemente, mesmo sem serem chamadas. Eu tinha quase um ano para produzir um novo material. E me divertia com isso durante os 365 dias.
Foi no meio de um trabalho que uma coisa me chegou de repente. Ela veio, tímida, como quem não quer nada. Veio entrando na minha vida aos pouquinhos e eu fui gostando. Sentia prazer toda vez que ela vinha,
devagarzinho, e começava a deslizar suavemente pelos meus dedos.
Meus momentos com ela eram curtos, mas altamente reconfortantes. Não havia a necessidade de firmar um compromisso como com as longas narrativas. Ela me permitia falar de tudo, das coisas que estavam acontecendo no mundo, das banalidades. Deixava-me exibir meu humor ácido, meu sarcasmo sempre que possível. Ela vinha, deixava sua dádiva e ia embora. Simples assim. Fui, cada vez mais, me apaixonando por ela.
Nem sei o que tô pensando agora. Trai. Mas gostei muito. Foi duro quando tive que contar para a minha amada narrativa que queria dar um tempo. Ela não reagiu muito bem, tínhamos uma história ainda inacabada (que hoje reside nas pastas mais escondidas do meu notebook).
Agora só escrevo crônicas. E, cá entre nós, estou me divertindo muito mais...
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6 comentários:
Caro Frango...
Percorri por essa curtinha trama e já estava especulando os possíveis finais.
Muito bom, seu texto, penudo...
Achei, na verdade, que viria um conto daqueles em que quem narra é você, Galináceo.
Não sei como é sua rotina no galinheiro em que é rei, mas, quando quiser dar uma viajadinha, passa também numa casinha da roça, lá no meu blog "Conversas do Sertão"
Aparecerão algumas histórias bem inusitadas, ave...
Agora, no percurso, cuidado com carcará, homi, pois o bicho, no sertão, "Pega, mata e come..."
Saudações sertanejas...
Poxa, também esperava aquelas hilárias histórias do seu galinheiro, mas mesmo assim, obrigado pela participação, Frango.
Muitas têm em comum minhas impressões acerca do texto com as já comentadas. Contudo, uma que foi deixada de fora é a sua versatilidade - estas linhas permitem muitos enredos!
Parabéns :)
*Muito têm
Não queria escrever como frango... já faço isso normalmente para o Memórias.
Desde que eu criei o personagem, minhas histórias e meu mundo ficcional tem girado basicamente em cima dele. Eu falo e escrevo como um frango, mesmo involuntariamente. Queria relembrar como é escrever de outra forma. Estou com planos de voltar a trabalhar em meu livro, mas vou ter que conseguir separar bem o mundo do galinheiro e o mundo da minha história. Pra isso eu precisava dar um passo, mesmo que mínimo. Acho que fiz isso com esse texto...
Aliás,ele é muito mais sério que o normal, como deu pra perceber. Valeu pelos comentários, galera... precisando, estamos aí!
Bruno Assis (O frango... sem máscara porque fiquei com preguiça de logar na minha outra conta do google)
Poxa, olha só... O Brunin sem máscara aqui no Ponto. Isso é raro, hein? [risos]
Caramba, cara, não sabia desses seus passos. Fico feliz de poder ter contribuído, mesmo que involuntáriamente nessa caminhada.
Boa sorte em seus projetos e mais uma vez obrigado!
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