quarta-feira, 26 de novembro de 2008

"O top 10 das ruas é bem diferente do das lojas"

De acordo com uma pesquisa feita pelo Caderno Dez do jornal A Tarde, os CD mais vendido nos camelôs em Salvador-BA, no topo do top 10 está o do cantor de arrocha Silvano Salles. Já nas lojas, o topo fica por conta do trio internacional Jonas Brothers. Nos camelôs um CD do Silvano sai na média de R$2,00 a R$2,50. Nas lojas um CD dos Jonas Brothers fica na faixa de R$35,00!

(Silvano Salles - O cantor apaixonado!)

(Jonas Brothers - Aqueles do "anel de castidade", os virgenzinhos)

A pesquisa mostrou que a pirataria não esmaga tanto assim o mercado fonográfico brasileiro, afinal o que se vende mais nos pirata são artistas que possuem um forte apelo popular. Bandas de pagode, arrocha, de axé (no caso aqui da Bahia)... Ambas, que não estão muito ligadas à grandes gravadoras ou até mesmo são independentes. Ali nos camelôs, quem dita o que vende ou que não vende é o povão. Artistas de grandes gravadoras não fazem muito sucesso por lá. Às vezes uma Vanessa da Mata aqui, um Roberto Carlos acolá...

Os artistas popularescos até ganham com essa venda ilegal. O camelô vira uma espécie de agente de divulgação. Basta uma banda ou um artista surgir no mercado, pra um CDzinho de um show feito sei lá onde já aparecer pra vender e sumir no mesmo instante. Foi assim que aconteceu com a banda Babado Novo e que acontece com muitos outros. Com uma gravação não oficial de um show, aquele som foi se espalhando pela bahia, se espalhando e se espalhando, até chegar à rádio, TV... E aí foi correr pros braços do sucesso!

A pesquisa revelou ainda, que os jovens não são tão consumidores do CD pirata. Uma grande maioria prefere os downloads de CDs pela internet(cerca de 20% dos CDs são de downloads). Acham mais prático, rápido, barato. Isso sem falar que não fica aquela sensação de gastei meu dinheiro à toa. Não gostou do que ouviu? Deleta, fio

Outra vantagem dos downloads é que se encontra na web sons que você não encontraria junto a sons famigerados dos camelôs. E é som antigo, alternativo... E o melhor, os sons independentes. Várias bandas que estão surgindo (muito boas), já disponibilizam suas músicas gratuitamente pra download antes mesmo de um CD físico!

Aqui em Paulo Afonso a coisa anda bem parecida com essa pesquisa. As banquinhas de CDs e DVDs piratas brotam a cada instante, parecem pragas! O que mais vejo são as bandas de forró e o pagodão que fazem a festa do povão. A única loja que tinha uma grande variedade de CDs, hoje já não compra mais, só vende a sobra dos estoques. Mesmo assim eles penam pra vendê-las. A loja se rendeu a internet e aos camelôs.

Fotos: Reprodução

1 comentários:

Paloma disse...

Paloma chega no blog, dá de cara com Silvano Salles e diz:
JESUSTOMACONTA!
Como pseudo-futura-possível-fotógrafa iniciante eu ODEEEIO esses books de fundo tosco, cuja pose do maluco também contrubui grandemente na "avaliação". Faz isso comigo não.
E outra: Anel de castidade de cu é rola. Devo todo respeito do mundo aos adeptos do sexo somente após o casamento; melhor que se esfregar em tudo que tenha formato cilíndrico ou circular - embora isso apenas não faça de ninguém melhor de que ninguém...
Voltando:
DU-VI-DO que isso aí seja verdade, até porque, se fosse mesmo, dificilmente escancarariam isso assim. Mas pode até ser, vai saber, né?, há "grupos" que utilizam de fato esse anel de castidade aí. Whatever.

De fato é cada vez mais raro comprar discos verdadeiros com o advento da pirataria e da internet, principalmente da internet, por motivos já citados. Trata-se de uma mobilidade enorme e eu inclusive me utilizo dela, ao passo que se gosto mesmo de um disco eu faço o possível para comprá-lo, mesmo já tendo-o no PC - é mais pelo prazer de ter um produto que gosto de verdade literalmente dento de uma caixinha, pra guardar junto de caixinhas semelhantes e, sei lá, ouvir no som de vez em quando. Tenho todos o do Dream Theater aqui, e mesmo tendo e sabendo quais são cada uma de suas músicas, é ótimo olhar a arte da capa, do encarte e do CD, e o cuidado de fã/colecionador babão de não deixá-los arranhar. É que nem livro: se eu baixo o e-book e gosto do que encontro, compro o livro só pelo sensorial - ver a capa, sentir seu cheiro, folhear suas páginas, colocá-lo juntos de outro livros e, óbvio, lê-lo.

Mas enfim, é isso. Divaguei pra caralho.

Grande abraço!