segunda-feira, 7 de setembro de 2009

SOPÃO DIRETO DO TERRÍTORIO NÓBREGA!

Cá estão os Miojos...

24.08.09
Irei na biblioteca mais tarde e tentarei pegar algo interessante pra ler.

25.08.09
Me adaptando ao mouse pad com apoio pra punho em gel.

26.08.09
Já perdi a conta dos livros que peguei emprestado e parei sem ao menos ter chegado na metade.

27.08.09
Insatisfeito com as minhas publicações.

28.08.09
[sem miojo]

29.08.09
[sem miojo]

.:.

O Sr. Nóbrega não deixou os Miojos em pedaços dentro do seu Sopão, mas soube incorporá-los perfeitamentamente, captando a essência da iguaria. Tá de lamber os beiços. Provem:


Em determinados momentos da vida – que me parecem cada vez maiores esses momentos em relação aos outros – nossa vontade é de “esvaziar a cabeça”, de não pensar em nada, de olhar uma parede branca e simplesmente ver somente uma parede branca, e não um alarme que diz: você esqueceu de pagar a conta do telefone!

Paredes brancas são terríveis para quem tem muita informação na cabeça, pois parecem pedir, suplicar a você que às preencham com informações abstratas, forçando a você um olhar de paisagem – que pela perspectiva da parede chamaríamos de dominação que ela faz sobre nossa pessoa. Não passamos de presas dessas paredes brancas – assim como Cortazar diz que somos dos relógios de pulso.

Um sinal de sua extrema vontade de esvaziar a cabeça é quando as informações param de ser processadas na nossa cabeça. Quando os livros não passam da página que diz “Introdução”, quando ir até a biblioteca se torna uma São Silvestre após um prato de macarrão. Enfim, esqueça de pedir emprestado livros que você sabe que não vai ler. Sim, você sabe que a cabeça pedi que você aperte a saída de emergência das idéias. Ela quer ser esvaziada de forma urgente, pois do contrário você corre o risco da HD queimar, daí como diria Nei Lisboa: “a vaca foi para o brejo e atolou”.

Você vai perceber que o ato de não conseguir ler é proporcional ao ato de não conseguir escrever, sentindo-se insatisfeito com qualquer frase que possua mais de 3 palavras. O branco! Sim, você percebe que mais um BRANCO entrou na sua vida anunciando que a cabeça precisa ser esvaziada: o BRANCO da tela do Word. Um bicho ameaçador que joga na sua cara que você esgotou sua criatividade, que você não é o cara, que você não é tão bom como pensava. O branco mais uma vez nos torna reféns de seu mundo. Você pode até inventar desculpas, dizendo que passa por novas adequações em seu computador, mas no fundo você sabe que o problema é outro, não sabe?

Mais uma prova de o quanto o branco pode ser maligno? Numa prova você olha a pergunta e imediatamente diz: DEU BRANCO!

Essa vida frenética nos impede de esvaziar a cabeça, e assim nos cobramos o por que não estamos produzindo, pensando, criando... É preciso romper com isso, e preciso apertar o control-alt-del e jogar coisas fora, deixar a memória limpa e esvaziada, para num ciclo vicioso voltar a ocupá-la. Enquanto isso não acontece, apenas fuja do temível BRANCO.

3 comentários:

Glayce Santos disse...

...sopão!!!!!!!! Os miojos foram ótimos, acho que faria um belo texto com eles...rs
E o sopãp ficou ótimo! Até na parte que deu branco..hehehe
beijocas

Anônimo disse...

heheheh
CUIDADO COM O BRANCO!

Marcos Pinheiro disse...

Obrigado pela participação Sr. Nóbrega!