A sua vontade era mesmo de depositar o chiclete que mastigava há horas, naquela espada de São Jorge que desde o ginásio permanecia ali, naquele mesmo centro da varanda da casa do seu amigo, ainda mais, naquele mesmo vazinho confeccionado na aula de educação artística. Claro que aquilo ali era uma brincadeira, ele não ia cometer uma atrocidade dessas, até porque seu amigo também nem deixou.
Eis que nessa brincadeirinha a questão foi levantada: "Porque você não joga no asfalto?". A reação dele à proposta do amigo foi sucinta: "Não, tu tá doido?"
Ele se acostumou tanto a não jogar nenhum papel de bala na rua, de sempre procurar uma lixeirinha ou até mesmo guardar pra jogar depois em um lugar adequado, que ficou espantado com a proposta lançado pelo seu amigo, que assim como ele, não é de achar que a rua é um grande lixão, onde as pessoas podem sair jogando o quiser nela.
Porém ele refletiu, juntamente com o amigo que depois foi explicando essa do "chiclete no asfalto" - ele nunca tinha parado pra pensar nisso. Depois ele veio a concordar, achou mesmo que seria uma boa ideia. "Lembra da calçada lá do colégio? Era cheia, né?... Agora imagina se todos jogassem sua gominha de mascar no asfalto! Estaria brilhando aquela pista lá em frente, hein?", disse o amigo.
Não teve como. Depois de muitos argumentos e de saber que a Pitty era uma das que levantava a bandeira dessa causa - pelo menos o seu amigo achava ter ouvido ela falar sobre isso, não lembrava muito bem - ele teve que realmente concordar com esse ato, vamos dizer assim, e depois me deu o toque, né? E hoje venho deixar essa reflexão eco[chata] pra vocês. [risos]
O cara que trocou essa ideia comigo, é daqueles que acha uma falta de educação tremenda sair jogando lixo por aí, tanto é que continuo com o seu chicletinho na boca depois do papo e só foi jogar no lixo quando chegou em casa, na lixeirinha da pia da cozinha.
"E saída pra esse probleminha", instigou ele. Hummm... Eu acharia legal uma obra mutante, saca? Já vi uma na Bienal de São Paulo, onde ela depende do seu chiclete pra ir tomando forma. Imagine uma dessas em praça pública! Imaginou? É, acho que nem ia dar muito certo, ou até daria, vai lá saber, né? O problema é que teria que tomar cuidado com aquela gente bizarra que adoro um chiclete velho, que guarda embaixo da mesa pra mascar depois. ARGHH!!
O #chicletenoasfalto não seria uma boa ideia, afinal se você joga ele no lixo achando que tá sendo o cara "mó" legal da face da terra, nem tá, né? Espantoso? Eu explico: esse lixo, que tem o seu chicletinho e um monte de outras coisa, vai pra um lixão e a goma demora anos e mais anos até se decompor... E saca, esses lixões concentram um bocado de problemas. Tem problemas ambientais, das pragas urbanas e também um risco muito sério à saúda, pois infelizmente tem gente que fica ali catando lixo, revirando, pois às vezes é seu único meio de sobrevivência. Simplesmente muitas vezes achamos que estamos sendo ecologicamente corretos não jogando lixo na rua, achamos que estamos contribuindo para um cidade mais limpa, quando na verdade só escondem o lixo debaixo do tapete.
O que realmente teria que ser feito era investir na coleta seletiva em todas as cidade do Brasil. Investir também, consequentemente, na reciclagem, pois quando maior o número desse lixo reciclado, melhor.
Bem, enquanto isso não acontece, vale ir jogando o chicletinho no asfalto. Você vai ver... Imagina! pode até surgir o dia nacional do #chicletenoasfalto naquelas localidades em que a estrada tá uma porcaria, seria ótimo. Juntaria uma galera pra tapar o buraco com seus chicletes... Mas, ó.... Não sai espalhando isso não, guarda só pra você, porque depois nem quero ver nego sem conseguir andar com o calçado grudado no asfalto. Agora... Eu disse no asfalto, AS-FAL-TO, viu gente? Nada de jogar na calçada alheia. Por mais que você tenha uma vizinha rabuGENta, nem vale à pena ficar comprando briga - fica a dica!
6 comentários:
Sabe a parte da estrada de São Jorge? Foi fantástico como você captou um detalhe desses. Sei lá, vibrei com isso.
E, bem, antes do Kyle o Kyle mesmo, que vem aqui te ler - me conscientizar, eu sabia mas não levava à sério isso de jogar lixo. Até hoje dou uns deslizes, mas essa liçãozinha eu sempre tento seguir.(Aliás, aposto que o assunto irá interessá-lo!)
Abraços. Bom voltar as leituras do blog!
*espada de São Jorge. Estrada... rs
parabens rapaz
eu estou numa cidade pequena em PB
Cachoeira dos índios
conhece?
abraço
Coisa feia, Sr Marcos fica incentivando o povo a jogar os trem na rua.
Eu sempre tenho problema com onde vou jogar meu chicletinho. Mas das duas uma, ou eu engulo (e depois ele vai pro esgoto,hehehe) ou eu guardo a embalagem dele pra colocá-lo ali de volta e quando ver a primeira lixeira, jogá-lo ali.
Enfim, jogar na rua né bom não sô. É feio esteticamente, nojento.
E quanto a coleta seletiva, em qual parte o chiclete está inserido?
Plástico????
Bjos
Ah, que legal! Adorei a ideia do sopão!!!!!!! Sim, futuramente -assim que eu pegar direitinho como funciona a coisa- quero partici´par, sim! Linkei o senhor, viu?
Agora...
Pô, me confundi agora, então, faço como? Jogar o chiclé na rua, não pode; lixo, não pode. Então acho que farei como fazia qd eu era pequenina, vou guardar na geladeira! hehe
beijos
O Aterro sanitário é mó controlado, nem tem problema de jogar a coisa no lixo e ela ir parar lá. Falo por experiência própria, porque já visitei o aterro aqui de BH...
O problema é em cidades menores, que tem lixão. Aí sim tem todos os problemas que você falou! =P
Tirando isso, é sempre melhor ficar com o maxilar doendo de tanto mascar a jogar ele no chão! Mas seria uma ótima maneira de tapar buracos...
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