O blog Progesterona Grow, da Natália Coelho me trouxe de volta esse quê de confidência. A Coelho escreve muito bem, o que faz me sentir cumplíce dela durante as leituras, sem falar no humor bem sacado da garota, que eu admiro pra caramba. É genial... E é nesse clima que o post de hoje vem embalado.
.:.
Ela passou. Sai preta, blusa branca. Antiga coleguinha do cursinho. Sabia, tinha a absoluta certeza de que ela ia na padaria comprar pão. Num curto espaço de tempo, dela ir na padaria ao lado da minha casa e voltar passando em minha frente, já fui pensando mil coisas.
Tinha que levantar, ir até o portão, puxar um assunto qualquer, sobre vestibular, sei lá... Sempre sorrindo e transparecendo afeição. Já pensei em perguntar se poderia aparecer em sua república qualquer dia, já pensando em um estreitamento de amizade, futuros paseiozinhos, encontros...
Minha nova forma física, mas gordinho, tem agrado. Já me perguntaram se estou malhando, o que estou fazendo. Simplesmente respondo que tô comendo muito e mais nada. Mas falando sério agora, gosto como estou. Enfim... Fui pro portão me achando. Sem camisa, bermuda jeans, fazendo tipo com o fone do MP3.
Tá, ela passou, olhou uma vez, olhou a segunda pra confirmar e viu que eu não era estranho. Me deu um sorrizinho chocho, passando bem longe da calçada, deu nem tempo de soltar um a, indo embora todas as perspectivas.
.:.
2 comentários:
A história é vaga, mas não duvido que sua intenção fosse justamente a de deixar um mistério no ar. Apesar disso, imaginei você todo se querendo com seu físico aparente pela ausência da camiseta :P
Nossa, como eu não vi isso aqui?
Muitissímo obrigada!
E eu acho que todos nós ja passamos por essa situação, de primeiro olharmos se estamos aparentemente bem, inventar algo pra falar e puff, nada dá certo!
Coisa frustante!
Não desista! Ela deve comprar pão outras vezes.
E de novo, valeu pelos elogios!
Abraços
Postar um comentário